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Realidade Valorizada Vende Mais Sempre!

Por JOSÉ MAURICIO BAIER

Hoje em dia se fala muito “realidade aumentada”.  Sim, isso é coisa de outra área, mas me fez pensar, não exatamente sobre o seu enigmático significado, mas sim sobre a relação entre imagem e venda de produtos com o realismo aplicado… vou explicar melhor.
É bem óbvio que uma imagem feia, pobre, mal feita, acaba com o potencial de venda de qualquer produto. Mesmo que estejamos falando de um produto que seja bem melhor e mais barato que o do concorrente. Imagem feia não vende.
Além de não vender, causa outro efeito ainda pior. Arranha o nome da marca. Imediatamente se forma uma impressão ruim em torno do nome fabricante. É um pré-julgamento automático, quase inconsciente. É triste né? A gente fica com um pé atrás com a marca X ou Y sem nem experimentar o produto deles.
Tudo por causa de uma imagem ruim.
É assim, não é? Pensa se isso não acontece com você mesmo quando vê um produto por exemplo, num site de e-commerce.
E, é claro que o inverso também é verdadeiro. Aliás, muito verdadeiro mesmo!
Imagem bonita vende mais e causa uma boa impressão em torno do nome do fabricante.
Mas, cuidado! Nem tudo são flores.

Tem imagem que vende produto!
Mas tem imagem que vende produto e satisfação!

Um dia desses minha esposa resolveu comprar um poltrona pela internet. Dessas poltronas simples, de leitura, que se usa num canto do quarto, perto de uma luminária. Ela entrou no site das Americanas e passou horas explorando dezenas de opções.
Depois de analisar e filtrar as poltronas que ela achou mais bonitas, fechou a compra. Em silêncio observei atentamente a forma como ela analisou e selecionou a poltrona desejada.
Ficou claro o quanto a apresentação dos produtos ajudou nessa decisão.
Também fiquei bem quieto quando notei que ela comprou justamente uma poltrona cuja imagem foi feita aqui no Studio 25.
Nos dias que se seguiram, ela viveu aquela expectativa. Será que a poltrona vai ficar legal no nosso quarto? Será que é mesmo bonita como parecida na foto? Será que ela terá o tamanho que a gente pensa ter ao ver a foto? Será que a cor do tecido vai ser bonita como estava na foto?
Não demorou muito, a poltrona chegou. E agradou. Que alegria. Era mesmo bonita como na foto!
Minha esposa ficou tão satisfeita, que no mesmo dia entrou novamente no site das Americanas e comprou mais duas para colocar nos quartos dos nossos dois filhos.
Olha, esse é um exemplo simples, real, cotidiano. Mas traz à tona alguns aspectos que de tão óbvios a gente as vezes esquece.
Existem duas outras situações que poderiam ter acontecido nessa experiência de compra.
Primeira: pode ser que lá em algum e-commerce existam a venda poltronas melhores, mais bonitas e até mais baratas que essa que compramos. Mas – se existe – está escondida atrás de uma imagem mal produzida, que não mostrou sua beleza. Dificilmente seria a escolhida.
O fabricante desse produto perdeu três vendas por causa da economia que fez na produção da imagem. E nós, clientes, nunca vamos saber que a fábrica dele é melhor que aquela que nós escolhemos.
Segunda: Essa é desastrosa! Pode ser que existam poltronas inferiores a esta que compramos, mas que na foto pareçam ser ainda melhores. Aliás, esse é nosso grande medo quando a gente compra qualquer coisa pela internet, não é verdade?
Já pensou? A gente ia ficar revoltado com o produto. Revoltado com site (que permitiu propaganda enganosa). E muito, muito, revoltado com o fabricante. Jamais teríamos comprado as duas poltronas extras.

Realismo, com arte sim! Mas sempre realismo.

Está vendo? O importante mesmo é o realismo. Pode e deve ser feito com arte. Mas sempre realismo.
Apresentar o produto de forma honesta, realista, precisa e – claro – bonita. Tudo na dose certa. (E permita-me aqui vender nosso peixe… essa química só os experientes dominam).
Uma imagem assim gera venda com satisfação. E a satisfação gera mais venda. Gera confiança na marca. E confiança na marca gera ainda mais venda…
Percebe? Está disparado um ciclo comercial positivo.

Uma pergunta para pensar!

Vamos voltar por um momento ao exemplo das poltronas que minha esposa comprou. A segunda compra que ela fez… quem gerou essa segunda compra? A imagem ou o produto?
Lembra? O produto chegou. Ela gostou. Então comprou mais duas.
Acredito que você vai dizer que foi o produto. E não dá para negar o mérito do produto ter correspondido à imagem, certo?
Êpa, mas espera um pouco! É o produto que correspondeu a imagem ou a imagem que correspondeu ao produto?
E tem mais! Ao ver a imagem do produto – magistralmente ambientado e valorizado em seus encantos – ela formou uma imagem mental muito positiva dele. Mesmo de um jeito inconsciente, essa impressão positiva faz ver o produto literalmente com outros olhos.
Então eu posso dizer de forma bem segura que na segunda compra a imagem continuou exercendo uma influência importante e talvez até decisiva.

Conclusão: realmente é preciso escolher com muito cuidado a forma de apresentar um produto ao consumidor. Tem muita coisa em jogo.

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